Jundiaí, 27 de maio de 2021 – O cenário ainda incerto da economia, o ritmo lento da vacinação e a continuidade das medidas de restrição à circulação fazem com que a confiança do empresariado paulistano esteja em queda livre. É o que demonstra o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) que, por exemplo, voltou ao patamar de agosto de 2020, fechando o mês de maio em 83,8 pontos – estava em 74,8 naquele mês do ano passado. O número representa uma queda de 6,5% em relação a abril, quando já havia registrado retração.
Na avaliação de Edison Maltoni, presidente do Sincomercio, o declínio significativo se explica também por fatores como a pressão inflacionária sobre muitos produtos, perda do poder de compra das famílias e o crescente desemprego. Ele observa que com o aumento da inflação, é possível que os custos aumentem, fazendo com que seja necessária uma gestão mais próxima de todos os fatores que compõem o negócio.” Desta forma, ressaltamos a importância dos empresários focarem no planejamento financeiro, na reavaliação de riscos e no cálculo dos possíveis aumentos de custos, bem como ajustar os cronogramas de pagamentos e recebimentos, além dos investimentos”, orienta Maltoni.
Neste momento, Maltoni ressalta que os empresários também devem rever os preços de produtos e/ou serviços ofertados. “Se for o caso, é preciso elaborar estratégias para atrair os consumidores como alternativas nas formas de pagamento, promoções, parcerias”, pontua. A gestão do fluxo de saídas e entradas de mercadorias também merecem atenção, na análise de Maltoni. Isso porque o Índice de Estoques (IE) caiu novamente em maio (-1,6%), apontando 99,1 pontos. “É a primeira vez que o indicador cai abaixo da casa dos 100 desde setembro de 2020, o que indica que há cada vez mais inadequação dos empresários em relação aos estoques”, sinaliza.