Presidente do Sincomercio e da CDL Jundiaí avalia que medida é necessária para evitar o colapso econômico com a pandemia do coronavírus
Jundiaí, 02 de abril de 2020 – A medida provisória (MP) que institui o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda anunciada na quarta-feira (01) pelo Governo Federal é uma forma de proteger as empresas e os empregados, na opinião de Edison Maltoni, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Jundiaí e Região (Sincomercio) e da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Jundiaí). A iniciativa faz parte de ações para enfrentamento do estado de calamidade pública decorrente do coronavírus (covid-19).
Para Maltoni, o Programa é positivo porque autoriza que empresas reduzam salários e jornadas de funcionários, com compensação por parte do governo. “A medida cria um benefício que protege o empregado e as empresas nesse momento de crise. Em conjunto, empregados e empregadores poderão chegar a um consenso com redução da jornada de trabalho e de salário, sem redução de salário-hora, e sempre mantido o salário mínimo. Haverá ajuda com o pagamento de um benefício do governo federal”, observa Maltoni.
“Para evitar o colapso econômico com a pandemia de coronavírus é necessário, urgente e inquestionável que os governos têm que aumentar os gastos para evitar fechamento de empresas, o aumento de desemprego e caos social. A adoção de um conjunto de políticas e medidas anticrise por parte dos governos federal, estadual e municipal é imprescindível neste momento”, afirma Maltoni.
Orientações aos empresários
Visando a recuperação econômica das cidades representadas pelo Sincomercio e a garantia do emprego dos trabalhadores, desde o dia 20 de março, a entidade patronal que representa 14.500 estabelecimentos comerciais protocolou ofícios nas prefeituras municipais de Jundiaí, Campo Limpo Paulista, Jarinu, Itupeva, Louveira e Várzea Paulista.
“Com as portas fechadas dos estabelecimentos comerciais não essenciais, houve a necessidade dos empresários adaptar-se rapidamente às vendas online, por aplicativos e deliveries. Nossa orientação é para que os empresários analisem as alternativas oferecidas nas medidas emergenciais anunciadas pelos governos, como adoção de férias coletivas, compensação de horas, antecipação de feriados, entre outras, para se adequar da melhor forma, mantendo seu negócio, se reinventando e, consequentemente, garantir empregos”, observa.
Ele completa ainda que o empresário deve fazer as contas dos custos fixos para saber se haverá dinheiro em caixa durante esse período de crise e renegociar contratos, aluguéis, pedir que fornecedores estendam os prazos. “Verifique também as linhas de crédito disponíveis com juros mais baixos. O crédito adquirido e bem planejado é melhor do que deixar de pagar os compromissos, tornar-se inadimplente e ter que correr atrás de juros maiores”, orienta.