Jundiaí, 20 de março de 2023 – O Sindicato do Comércio Varejista de Jundiaí e Região (Sincomercio) e a Câmara de Dirigentes Lojistas de Jundiaí (CDL), entidades representativas do comércio, preocupadas com a sobrevivência de micro e pequenas empresas prejudicadas por conta da pandemia de Covid-19, emitiram uma carta aberta aos empresários sobre a taxa de juros do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) e solicitaram medidas de apoio para o Poder Público. Segue o documento em anexo e abaixo.
No documento, é citado que, conforme dados do Ministério da Economia, mais de 600 mil empresas foram fechadas no Brasil entre os meses de maio e agosto de 2022. “O movimento de fechamento de empresas já vinha acontecendo desde 2020 e não arrefeceu com a melhora no cenário da pandemia”, ressalta a nota.
O Sincomercio e a CDL apontam que: “o Pronampe, criado em 2020 e tornado permanente em 2021, como um dos programas para garantir a sobrevivência de micro e pequenas empresas na pandemia de Covid-19. No entanto, ele teve efeito contrário, e acabou aumentando o risco de quebra para muitos pequenos negócios”.
Desta forma, as entidades apontam: “O problema é que, com o avanço da inflação, o Banco Central vem promovendo sucessivos reajustes na Selic, que chegou a 10,75% ao ano. Com isso, o custo do Pronampe vai a 17,4% e, ainda há projeção do próprio Banco Central de novos aumentos na taxa Selic.
E argumentam que dos efeitos do avanço do custo do crédito é o aumento da inadimplência no Pronampe. “Sucederam-se atrasos nos pagamentos do Pronampe e a inadimplência é superior à média dos empréstimos concedidos a pessoas jurídicas. A maioria dos empresários não descartam a possibilidade de seus negócios quebrarem por causa do aumento dos juros”.
Alarmados com a situação, o Sincomercio e a CDL solicitam ao Poder Público, por meio de ofício enviados para os governos Federal e Estadual, que: “Faz-se urgente, portanto, que as autoridades governamentais, de todos os níveis, atentem para um outro programa, que ajude as empresas, já sofridas, a se manterem no mercado”.